Os desafios do Novo Ensino Médio é um assunto que tem gerado dúvidas e reflexões, sobretudo em diretores e professores. As mudanças estão previstas para serem implementadas em 2022, por isso, é essencial entender o que diz a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e como se adequar à transformação do processo educativo.
Atualmente, já existem algumas escolas que estão mudando sua estrutura e o currículo de aprendizagem, a fim de promover uma formação alinhada às exigências do Ministério da Educação (MEC). O indicado é se antecipar e planejar o quanto antes a construção do novo modelo, evitando prejuízos ao processo formativo dos alunos.
Pensando nisso, preparamos este post para esclarecer quais são os principais desafios do Novo Ensino Médio. Além de como se preparar para as mudanças da melhor forma. Confira a seguir!
Quais são os principais desafios do Novo Ensino Médio para as escolas?
Aprovada em 2017, a reforma do Ensino Médio foi homologada pelo MEC e, com isso, o órgão definiu o conjunto de unidades curriculares que passarão a valer nas escolas a partir de 2022. A reformulação deve ser implementada em todo o país, de forma a contribuir com a construção de itinerários formativos mais significativos para os estudantes
.A proposta do novo currículo ocorreu devido às novas demandas do mercado de trabalho e também dos interesses dos alunos. Se antes a grade curricular se mostrava engessada e sem opções, com a mudança, existe a possibilidade de criar diversos ambientes de aprendizagem, permitindo que os estudantes escolham disciplinas mais condizentes com seus interesses pessoais.
O objetivo é oferecer mais protagonismo aos jovens e garantir o exercício dos direitos do processo de ensino. Por conta da relevância do assunto, é imprescindível que os agentes escolares, como diretores, coordenadores e professores, atualizem-se quanto à transformação do Ensino Médio para que as escolas atuem conforme as novas diretrizes da BNCC.
A seguir, confira quais são as principais mudanças e desafios que a reforma do Ensino Médio promoverá nas instituições escolares:
Proposta do novo currículo
A BNCC acabou definindo um novo currículo para o Ensino Médio, em que os alunos terão apenas os componentes de Matemática, Língua Portuguesa e Língua Inglesa como obrigatórios. No entanto, essas disciplinas podem ser feitas em qualquer um dos três anos, ou mesmo em todos eles, a depender de cada escola e sistema de ensino.
Porém, isso não significa que as outras matérias desaparecerão do currículo. Os estudantes devem continuar desenvolvendo as competências e habilidades de todas as áreas do conhecimento presentes na BNCC, como Ciências da Natureza e suas Tecnologias, e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A nova configuração de disciplinas permitirá maior flexibilização curricular e incentivará o desenvolvimento de práticas inter e multidisciplinares.
Mudança de conteúdo
Além disso, também está prevista uma mudança de conteúdo, em que as instituições escolares devem passar a ofertar itinerários formativos que aprofundem as práticas das áreas de conhecimento. Cada escola terá autonomia para definir quais itinerários serão ofertados a cada ano letivo do Ensino Médio.
Com a definição, os estudantes deverão escolher ao menos uma opção de itinerário formativo com que se identificam para aprofundar seus conhecimentos teóricos e práticos. Com isso, o objetivo é fortalecer o protagonismo estudantil e ampliar ações voltadas à construção do projeto de vida de cada aluno. Isso contribuirá para o aperfeiçoamento da preparação para o ensino superior, da escolha da graduação e dos melhores caminhos no mercado de trabalho.
Infraestrutura da escola
Para que a reforma do Ensino Médio ocorra de acordo com as diretrizes da BNCC, as escolas devem investir em tecnologia para oferecer uma infraestrutura condizente com as transformações do sistema de ensino. Isso inclui tanto o treinamento de professores quanto a oferta de espaços e ambientes dentro da instituição escolar que consigam promover a execução das etapas em cada ano letivo.
A necessidade de laboratórios, materiais pedagógicos e formação de docentes, por exemplo, são desafios que diretores deverão enfrentar para se adequar à reformulação. Nesse sentido, será preciso realizar um diagnóstico sobre o uso dos recursos humanos e financeiros das secretarias para redimensionar os custos e, assim, promover uma aprendizagem de qualidade.
Aumento da jornada escolar
Outra mudança significativa foi em relação à ampliação da carga horária. Atualmente, a jornada mínima anual é de 800 horas. Com a reforma, as escolas deverão ofertar no mínimo 1.000 horas por ano, totalizando 3.000 horas em todo o período do Ensino Médio. Desse total, os alunos terão a liberdade de escolher 1.200 horas para se aprofundar em um ou mais itinerários formativos das áreas do conhecimento disponíveis. Portanto, o aumento da jornada escolar deve ocorrer de maneira progressiva. No fim, a ideia é que as escolas passem a oferecer o ensino em tempo integral.
Formação técnica e profissional
Outra novidade é em relação à formação técnica e profissional dentro da carga horária do Ensino Médio regular. Nesse caso, os estudantes devem escolher por trajetos que tenham a ver com seus anseios e aptidões. Assim, ao final dos três anos, as escolas devem certificar os alunos em cursos técnicos ou em cursos profissionalizantes.
Para isso, é imprescindível que as instituições escolares criem debates com os alunos para que analisem seus interesses e tenham uma melhor orientação nesse momento. O mais indicado é que diretores e coordenadores ofereçam condições para que os estudantes desenvolvam um projeto de vida de maneira responsável e consciente. Diante das mudanças do Ensino Médio, os agentes escolares devem se esforçar para se aprofundar no assunto. Dessa maneira, será possível se adequar o quanto antes e ofertar um processo de ensino e aprendizagem condizente com as novas diretrizes do MEC.
Assim, ficará mais simples superar os desafios do Novo Ensino Médio e suas transformações. O caminho até alcançar as metas e objetivos é longo e cheio de obstáculos. Por isso, é essencial se preparar e atuar com antecedência para oferecer o sistema educativo previsto pela BNCC.
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*Este post foi escrito pelo blog da Plataforma Eleva, em parceria com a Árvore.
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