Conectados, questionadores, inquietos. Definitivamente, os alunos que temos hoje nas salas de aula são diferentes daqueles das gerações passadas. Afinal, eles cresceram em ambientes super estimulantes.
Como resultado, os alunos estão menos dispostos a desempenhar um papel passivo na escola, o que aumenta a demanda pela criação de uma sala de aula interativa.
Quer conhecer a importância de promover a participação dos alunos e saber como fazer isso no dia a dia? Continue a leitura deste artigo e confira:
- a importância da sala interativa;
- sete ideias práticas para implementá-las na sua instituição de ensino.
A importância da sala de aula interativa
Embora a rotina seja importante em nossas vidas, os eventos diários passam a ter pouco impacto sobre a nossa memória quando tudo acontece exatamente da forma esperada. Por outro lado, acontecimentos que fogem dessa esfera comum são lembrados com muito mais facilidade.
Sendo assim, à medida que o professor consegue preparar aulas com o apoio da tecnologia, elas se tornam mais dinâmicas, criativas e surpreendentes. Em outras palavras, suas chances de torná-las marcantes para os alunos se tornam maiores.
Porém, não basta inovar e usar a criatividade. Como gestores escolares, precisamos nos lembrar que o ensino acontece com intencionalidade. Assim, as estratégias usadas pelo educador devem ser planejadas pensando nos melhores métodos para atingir os objetivos propostos para o conteúdo definido, fazendo das metodologias ativas um grande potencializador da aprendizagem.
Finalmente, as salas de aula interativas favorecem a construção do conhecimento. Quando utilizadas da forma devida pelo educador, várias dessas estratégias permitem que o aluno aplique os conceitos aprendidos.
Essa é uma maneira de torná-lo capaz de utilizar esse aprendizado em seu dia a dia ou, pelo menos, entender de que maneira esse conjunto de informações é empregado pela sociedade.
Assista: Metodologias ativas: estimule a autonomia do aluno
Qual é o papel da gestão escolar na criação de salas de aula interativas?
De forma geral, a gestão escolar precisa entender a importância da sala de aula interativa como ferramenta para o sucesso dos alunos. Assim, ela pode auxiliar no planejamento das estratégias e das ideias utilizadas pelos educadores.
É preciso, então, estar a postos para apoiar e fornecer apoio e meios para viabilizar todas as etapas necessárias, de mobiliários a equipamentos que confiram maior autonomia para alunos e professores.
Sete ideias para criar salas de aula interativas
Depois dessas considerações, vale a pena pensarmos em algumas ideias de aulas criativas e mais interativas. Confira algumas alternativas para posicionar o aluno no centro do processo de aprendizagem e, assim, estimular sua autonomia e permitir que ele tenha liberdade para desenvolver suas próprias opiniões:
Ouça no Plantando Histórias: Escolas criativas
1. Traga o jornal para salas de aula interativas
Para criar uma aula diferente, contextualizada, atual e interessante, busque maneiras de inserir o jornal no seu planejamento!
O uso de notícias recentes e “fresquinhas” ajuda na abordagem de conteúdos de diferentes áreas, que vão de Matemática e Economia às Ciências Físicas, Biológicas e Humanas, passando, é claro, pela competência linguística!
No entanto, alguns educadores sentem dificuldade para adaptar a linguagem dos jornais e adequar os temas às necessidades das crianças. Para solucionar esse problema, já existem alternativas criadas por empresas especializadas, como a Árvore Atualidades.
O módulo da Árvore para sala de aula é interativo e traz, toda semana, novos textos jornalísticos e propõe atividades que tornam a experiência de leitura desafiadora.
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Baixe agora!2. Apresente blogs, artigos e vídeos online
Atualmente, os alunos têm acesso amplo à informação e estão acostumados a utilizar blogs e vídeos online como entretenimento. Mas, que tal mostrar que podem recorrer a eles como fontes de pesquisa?
É possível inserir esses recursos na sala de aula e utilizá-los para promover a interatividade. Para isso, é importante não apenas apresentá-los, mas exigir algum tipo de elaboração, que dependerá da faixa etária e da maturidade cognitiva dos alunos.
O educador, então, pode propor releituras de narrativas com teatro ou fantoches a partir do conteúdo online. Também é possível, dependendo da série dos alunos, estabelecer um debate de acordo com os pontos de vista apresentados pelos blogs, artigos e vídeos. Afinal, esses meios colocam à disposição da audiência visões distintas a respeito de um tema.
3. Recorra às novas tecnologias para promover uma aprendizagem interativa
O corpo docente já pode utilizar a tecnologia em sala de aula por meio da realidade virtual (VR) e da realidade aumentada. Elas também ajudam a inserir seus alunos em ambientes fora de alcance, seja por questões geográficas ou de segurança.
Afinal, é possível usar esses dispositivos para mergulhar nas profundezas do oceano, explorar as camadas da Terra a partir de um vulcão ou, ainda, realizar uma incrível jornada pelo corpo humano.
4. Utilize aplicativos e jogos educativos
Os jogos definitivamente fazem parte da vida dos estudantes. Afinal, eles os encontram e lidam com esse tipo de atividade diariamente em momentos vividos fora da sala de aula.
Já no ambiente educacional, a gamificação tem diferentes usos, aumentando o leque de dinâmicas e permitindo que os alunos resolvam problemas de forma colaborativa, divertida e lúdica. Sendo assim, os jogos educativos são extremamente interessantes para uma proposta mais interativa, com diversos princípios sendo desenvolvidos em sala de aula.
Afinal, quem não se sente motivado quando os objetivos são apresentados em forma de desafios progressivos que geram recompensas? Algumas plataformas educacionais utilizam esses princípios e propõem atividades que instigam o desejo de vencer os desafios.
Os alunos, então, acumulam pontos à medida que vencem as diferentes etapas e se sentem estimulados a prosseguir para o próximo nível.
5. Transforme seus alunos em produtores de conteúdo
Seus alunos podem aprender a compartilhar o conhecimento construído e, para isso, as habilidades dos professores são essenciais.
O corpo docente precisa criar estratégias para incentivar seus alunos a se tornarem produtores de conteúdo e o resultado de trabalhos, pesquisas e projetos podem ser divulgados em blogs, wikis, redes sociais e canais de vídeo.
Além de aprofundarem o domínio dos conceitos, eles desenvolverão habilidades cognitivas e socioemocionais durante o processo. Nesse tipo de projeto, os alunos aprendem a planejar as ações, organizar o trabalho, mobilizar os recursos necessários para executá-lo, entre outras competências.
Essa também é uma forma de estimulá-los a descobrir como unir talentos complementares para atuar em equipe, a dialogar para chegar ao melhor resultado, e assim por diante.
6. Organize atividades externas
Os alunos podem ter um contato mais profundo com a realidade e a oportunidade de conhecê-la in loco. Por isso, a escola deve organizar visitas a locais variados, de acordo com os objetivos estabelecidos e o conteúdo abordado.
Dentre as opções disponíveis estão: exposições de arte ou museus, exploração de paisagens naturais, indústrias que permitem esse tipo de interação e são seguras para levar crianças, além de ONGs e bairros com uma situação social específica.
É importante lembrar que essas excursões não são meros passeios. Embora elas sejam, sim, bastante lúdicas e interessantes, existe um objetivo pedagógico que motiva a visita. Não esqueça de programar um roteiro para os alunos e planejar atividades para serem desenvolvidas antes e depois da visitação. O objetivo aqui é incentivar que os estudantes observem esses ambientes de forma crítica.
7. Invista na sala de aula invertida
A sala de aula invertida é uma excelente maneira de desenvolver, em cada aluno, a autonomia do seu próprio aprendizado. Isso acontece porque os estudantes não recebem o conteúdo de forma passiva, já que o primeiro contato com o tema abordado ocorre de forma independente.
Vamos a um exemplo prático: em uma aula, o professor pode contar sobre o tema a ser abordado no encontro seguinte e sugerir que cada aluno faça um breve resumo do que conseguir pesquisar por conta própria em sites, blogs e canais de vídeo. Também vale buscar essas informações em livros e bibliotecas digitais.
No próximo encontro, os alunos debatem o que aprenderam sozinhos e o professor, então, complementa o conteúdo com novas informações. Como resultado, a aula se tornará mais dinâmica e interativa.
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