O livro “A menina que roubava livros” é um best seller literário internacional publicado pela primeira vez em 2005. Desde então, já foi traduzido para mais de 40 línguas, permaneceu 375 semanas na lista de bestsellers do New York Times e ficou em primeiro lugar por anos na lista de mais vendidos do Brasil. Escrito por um australiano descendente de austríacos, Markus Zusak, o livro pode ensinar bastante em sala de aula.
Por conta disso, trazemos nesta postagem algumas formas como essa narrativa pode ser utilizada em sala de aula. Confira:
- Narrador da história e pontos de vista
Uma das peculiaridades do livro é o fato do seu narrador ser a Morte. Sim, ela mesma. Isso traz um ponto de vista bem peculiar para toda narrativa, além de ser uma boa forma de introduzir conteúdos sobre tipos de narradores e vozes do discurso.
Uma boa ideia de atividade para sala de aula é despertar a criatividade dos alunos e propor que pensem que outros narradores a história poderia ter e quais seriam seus pontos de vista para os acontecimentos.
- Interpretação da narrativa
Toda história pode gerar um excelente debate sobre as interpretações que se pode fazer a partir daquele texto. Algumas perguntas disparadoras para essas atividades sobre o livro “A menina que roubava livros” são:
- Por que a morte já esteve tão perto da personagem principal, Liesel, durante os anos narrados?
- Quais eram os momentos mais felizes para Liesel?
- Por que você acha que a história é narrada pela Morte?
- Contexto histórico e social
Para as aulas de história, o livro é um grande exemplo do contexto histórico e social da Europa durante o período da Segunda Guerra Mundial. Há vários elementos que fazem parte dessa história e que mostram como a vida da personagem foi entrelaçada pelo contexto ao redor.
Assim, em sala de aula, a obra pode ajudar a compor atividades sobre o período histórico narrado, trazendo de forma figurada o que for estudado pelos alunos.
- Segunda Guerra Mundial
Falando em contexto histórico e social, a Segunda Guerra Mundial é o pano de fundo de toda narrativa. Na obra, a personagem narra diferentes faces desse conflito, como o nazismo, o holocausto, bombardeios e a fome.
Para as aulas de Geografia e História, o livro “A menina que roubava livros” pode servir para ilustrar e exemplificar os conflitos da Segunda Guerra Mundial. A partir dos capítulos lidos, em casa ou em sala de aula, é possível iniciar discussões e pesquisas sobre o que a guerra trazia para as populações de países europeus.
- Ética e análise de contextos
Outra grande questão dessa narrativa é o fato de que a personagem principal realmente roubava livros. Esse fato pode gerar até mesmo debates filosóficos, sobre ética e moral. Afinal, a atitude dela estava certa ou errada? Há certo ou errado em diferentes contextos?
Aqui, vale um debate bem aberto e amplo sobre questões que perpassam os alunos também em seu cotidiano. Trazer esse olhar sobre as atitudes da menina, o contexto da história e os resultados que tiveram a narrativa pode estimular o olhar crítico e questionador nos seus alunos.
- Questões emocionais
Se a narradora da obra é a Morte, há de se imaginar que o livro traz muitas questões emocionais para jogo. Primeiro, a própria morte de alguns personagens podem despertar sentimentos como tristeza e angústia. Afinal, não é um assunto fácil de encarar.
É possível trazer essas questões emocionais para sala de aula e até mesmo realizar rodas de conversa e atividades que despertem o desenvolvimento de competências socioemocionais nos alunos.
- Outras linguagens: explorando o cinema
Em 2014, o livro ganhou uma adaptação para o cinema, filmada em Berlim, dirigida por Brian Percival e com roteiro assinado por Michael Petroni. Assista o trailer aqui!
Que tal aproveitar esse fato para trazer novos formatos e linguagens para sala de aula? Uma sessão de cinema com seus alunos com este filme pode gerar atividades a partir de todos os eixos que destacamos acima.
Quer mais dicas?
Confira outros livros escritos pelo autor Markus Zusak:
- O Azarão - 1999
- Eu Sou o Mensageiro - 2002
- A Ponte de Clay - 2018
Outras indicações de leitura sobre a Segunda Guerra Mundial:
- Toda luz que não podemos ver, de Anthony Doerr - 2014
- O último dia dos nossos pais, de Joël Dicker - 2014
- O menino do pijama listrado, de John Boyne - 2006
- O diário de Anne Frank - 1947
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