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Projeto de leitura na prática: confira case de sucesso

Projeto de leitura na prática: confira case de sucesso

15 out 2021
3 min
Post modificado em:
6/5/2021

Projetos de leitura são excelentes para estimular e incentivar a leitura nos alunos de forma mais lúdica e descontraída. Conversamos com a professora Daniela Botti, vencedora do projeto de leitura Festival de Arte Digital, realizado pela Árvore, para entender melhor como é participar de um evento desses na prática. Confira! 

1. Como foi para você participar do projeto de leitura: Festival de Arte Digital?

Desde criança amo ler. Acredito que a página de um livro é a melhor maneira de eternizar uma história e compartilhá-la. Como professora, sei que o livro é um grande aliado à Educação e traz benefícios. Por isso, em 2020, iniciei o projeto “Ficar sem ler? Deus me LIVRO!” e os alunos estavam bem engajados. De repente, o mundo parou por conta da pandemia, mas a leitura tinha que continuar.

Foi então, tentando achar uma maneira para que os meus “pequenos gigantes” leitores continuassem com acesso aos livros de forma segura e mantivessem o hábito da leitura, que encontrei o Festival de Arte Digital. Ali, encontrei a solução que eu tanto procurava. Fiquei muito feliz por participar do concurso promovido pela Árvore, principalmente porque, além de desenvolver a competência leitora das crianças, foi um jeito de entretê-las naquele momento difícil e estar próxima delas, mesmo com o distanciamento social.

2. Quais foram os pontos positivos da participação? Para você e para os alunos? 

Foram muitos os pontos positivos. Primeiramente, a leitura estimula a criatividade, reduz o estresse, incita diferentes partes do cérebro, melhora o conhecimento, evolui a escrita, desenvolve o pensamento crítico e favorece a empatia. 

Além disso, neste período de pandemia, as páginas envolventes do livro, são excelentes companhias, inclusive refúgio e acalento para os corações aflitos. Acho que mais do que estimular o gosto pela leitura, a partir da valorização da autonomia e da criatividade, o Festival de Arte Digital foi um jeito carinhoso de cuidar também do lado emocional das crianças, das famílias e dos professores. 

Por fim, na plataforma havia muitos títulos disponíveis e com temas diversificados. Quando eu selecionava um livro para ler com os alunos, planejava uma aula que favorecesse tanto o pensar quanto o sentir e fazer. Assim, buscando promover uma aula mais ativa e acolhedora. Pais relataram que seus filhos estavam mais motivados e aprendendo, o que os deixava mais tranquilos em relação à Educação no período de quarentena. Desta forma, a Árvore Livros foi um feliz encontro na minha trajetória profissional. Foi o instrumento ideal para despertar a imaginação das crianças de modo significativo.

3. Quais desafios foram encontrados ao longo do projeto?

Tive alguns desafios ao longo do caminho, um deles era a participação das crianças nas aulas no início da pandemia. Por conta do ensino remoto, alguns alunos não eram assíduos, mas a situação foi mudando conforme os resultados positivos foram surgindo.

Outro desafio era a leitura “solitária”, já que todos estavam em casa, sem o compartilhamento instantâneo que havia antes. Por isso, montamos um chat de clube da leitura, que foi uma importante ferramenta de apoio e disseminação dos livros, dos novos conhecimentos.

Além disso, na plataforma da Árvore Livros, há a possibilidade de fazer indicações, o que utilizamos bastante também. Receber uma indicação de leitura era como ganhar um presente, a criança sabia que alguém tinha pensado nela e queria compartilhar boas histórias.

4.Qual foi o papel da tecnologia no projeto?

Por estarmos no Ensino Remoto, a tecnologia foi fundamental para que as aulas acontecessem. Para engajar os alunos de forma saudável, as práticas pedagógicas eram cuidadosamente planejadas para não expor as crianças tanto tempo às telas. 

No entanto, o tempo de aula síncrona foi bem utilizado. Por ser um projeto de natureza híbrida, dando espaço ao trabalho com gêneros do mundo digital e ao protagonismo dos estudantes, com atenção especial à Competência Geral número 3 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC): "Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e, também, participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural”. Foram desenvolvidas atividades que entrelaçavam a leitura, escrita, robótica, arte, ferramentas digitais e gamificação.

5.Você teria alguma dica ou palavra de incentivo para os professores que nunca participaram de um projeto, mas gostariam?

Tenho palavras de incentivo, desenvolver um projeto educacional é oferecer a oportunidade de aprimorar o desenvolvimento do estudante e garantir que os objetivos sejam alcançados de maneira significativa, pois permite que o aluno tenha uma participação mais ativa, desenvolva competências cognitivas e socioemocionais, realize ações em colaboração com os colegas, além de promover engajamento e transformação individual e coletiva.

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