Quando se fala em obesidade e outras doenças associadas ao sedentarismo, as estatísticas são preocupantes no mundo todo. As pessoas se exercitam menos do que deveriam, o que aumenta a propensão a enfermidades como diabetes tipo 2, demência, câncer e problemas cardiovasculares.
O Brasil, infelizmente, engrossa essas estatísticas. Hoje, fazemos parte do grupo de países onde há maior ociosidade: praticamente metade dos adultos brasileiros não se exercita o suficiente. Perdemos para os Estados Unidos e Reino Unido, onde as taxas de sedentarismo são de 40% e 36%, respectivamente.
Portanto, é fundamental estimular o hábito de praticar exercícios ainda na infância, e as instituições de ensino podem participar ativamente disso. Então, se você entende a importância de combater o sedentarismo também na escola, continue a leitura e confira nossas dicas!
Qual é a quantidade ideal de exercícios para uma criança?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 60 minutos diários de atividade física, de moderada a intensa, para a faixa etária de 5 a 17 anos. Esse tempo, porém, não deve ser dedicado apenas ao movimento. Entende-se que é necessário incluir exercícios de fortalecimento dos músculos e ossos, pelo menos, três vezes na semana.
Como combater o sedentarismo na escola?
Além das aulas de Educação Física oferecidas pela instituição, é fundamental proporcionar oportunidades para a prática de exercícios e conscientizar os alunos a respeito da sua importância. Vejamos algumas formas de fazer isso!
Faça os alunos se levantarem das cadeiras
Geralmente, a imagem que as pessoas têm da escola é a de um lugar onde os alunos passam horas e horas sentados em suas cadeiras. Mas, nas salas de aulas da sua instituição, essa realidade deve ser diferente.
O professor pode criar oportunidades para os alunos se levantarem. Com criatividade, é possível estimular o movimento e até usá-lo para tornar as aulas mais dinâmicas. Alguns exemplos são a apresentação de trabalhos orais, a leitura de trechos de textos em pé feita pelos alunos, debates em que os estudantes precisam ir a uma tribuna, dramatização de textos ou, simplesmente, levantar-se no momento da chamada.
Conscientize-os sobre a importância do exercício
Esse é um tema que pode ser trabalhado em vários momentos, abrangendo diferentes disciplinas. É possível falar sobre os benefícios do exercício (ou as consequências de sua falta) nas aulas de Ciências, por exemplo.
Aliás, abordar esse assunto a partir da perspectiva da interdisciplinaridade é uma possibilidade bem interessante. Professores de Língua Portuguesa, Educação Física e Ciências (ou Biologia), por exemplo, podem trabalhar esses projetos em conjunto.
Imagine quantas atividades ajudarão a conscientizar as crianças sobre a importância dos exercícios: leitura e discussão de textos jornalísticos, estudos sobre a biografia de grandes atletas, pesquisa de modalidades esportivas olímpicas e sua demonstração na escola, dança...
O importante é que essas atividades sejam prazerosas. Assim, as crianças entenderão que o exercício não só faz bem ao corpo, mas proporciona prazer. Muito mais que uma obrigação ou disciplina escolar, ela deve ser uma fonte de diversão.
Implemente o intervalo dinâmico
Reservar alguns minutos no início da aula para realizar atividades físicas não é perda de tempo. Isso pode ser feito por meio de brincadeiras tradicionais infantis que envolvem movimento, como passe a bexiga, vivo ou morto, imitar bichos, e assim por diante. A escolha dependerá do espaço que está à sua disposição!
Estudos mostram que, quando o professor realiza brincadeiras em intervalos dinâmicos, as crianças ficam mais concentradas no tempo posterior a ele — portanto, o rendimento em sala de aula é melhor. Vale fazer isso antes de entrar na sala de aula e no retorno do recreio.
Promova eventos
Competições também podem ser usadas na escola, desde que com muito critério. Os educadores têm a possibilidade de criar eventos lúdicos, que exploram atividades diferentes dos esportes convencionais e estimulam a integração e participação de todos.
É fundamental, contudo, que esse tipo de atividade não seja usada apenas para destacar os melhores, mas para despertar o prazer do movimento.
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