Desde o início de 2022, a Organização Mundial de Saúde classifica a síndrome de Burnout como uma doença de trabalho. A síndrome, que afeta a saúde mental dos colaboradores, também está presente na área da educação e em sala de aula, atingindo muitos professores e demais profissionais.
Mas você sabe o que significa a síndrome de Burnout e como ela pode afetar os educadores? Confira este post e saiba mais sobre o assunto!
O que é a síndrome de Burnout?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome de Burnout, também chamada de “Síndrome do Esgotamento Profissional”, corresponde à exaustão física e emocional, além da mental, resultante de um trabalho que não foi administrado com sucesso.
Entre os principais sintomas do esgotamento profissional, conhecido como síndrome de Burnout, estão:
- esgotamento mental;
- fadiga;
- diminuição da performance;
- sentimentos negativos relacionados ao trabalho;
- cansaço físico;
- dores no corpo;
- falta de compromisso com o autocuidado;
- dificuldade de concentração;
- problemas de memória;
- pressão alta;
- propensão à irritabilidade;
- insônia;
- alterações no apetite.
É importante ressaltar que essa síndrome pode ser causada por condições adversas existentes no ambiente de trabalho, como má gestão ou, ainda, condições enfrentadas pelo profissional anteriormente. Por isso, é importante promover o debate sobre saúde mental em toda organização.
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Baixe agora!Como a síndrome de Burnout afeta os professores?
Na educação, a síndrome de Burnout afeta professores e profissionais da área. Além do próprio contexto de sala de aula, que muitas vezes coloca professores no limite, o trabalho dos educadores vai para além do ensino.
O acúmulo de funções, a cobrança excessiva de performance e aquela feita pelas famílias dos alunos figuram entre os motivos que levam professores e educadores ao contexto de esgotamento emocional e mental.
Como resultado, os danos à qualidade de vida do educador pode fazer com que ele se ausente do ambiente escolar com frequência, prejudicando a gestão do trabalho em sala de aula.
Leia também: Saúde mental no ambiente escolar: confira o que dizem Dráuzio Varella e especialistas
Síndrome de Burnout e a pandemia em educadores
Um dos efeitos da pandemia foi a piora do quadro de Burnout escolar. Uma pesquisa realizada pela Nova Escola, em 2020, apurou a situação dos professores e, no período avaliado, 28% relataram sua saúde emocional como péssima ou ruim e 30% como razoável.
Entre os motivos responsáveis pela resposta, os professores apontaram:
- estresse envolvido na necessidade de aprender rápido para adequar o planejamento;
- risco de contaminação;
- insegurança em relação ao futuro;
- falta de reconhecimento das famílias e de gestores;
- aumento no tempo de preparo das aulas;
- aumento no tempo de dedicação aos alunos;
- sensação de não conseguir dar conta de todas as demandas, somando as domésticas, as familiares e as profissionais.
No Rio de Janeiro, um levantamento mostrou que de 40 a 45% dos professores da rede foram afastados do trabalho por causa da doença durante a pandemia. Segundo novos estudos, esse quadro ainda é comum, mesmo após a aplicação de vacinas e afrouxamento de medidas de segurança comuns à época da pesquisa.
Ações eficazes para adotar na sua escola e evitar o Burnout em professores
De acordo com Kevin Leichtman, escritor do portal Edutopia, a gestão escolar pode adotar algumas medidas que ajudam a evitar o Burnout em professores. Entre elas estão:
Evite o acúmulo de funções na gestão do trabalho em sala de aula
Para muitos professores, principalmente durante a pandemia, acumular diferentes funções pode ser o disparador do esgotamento profissional, conhecido como síndrome de Burnout.
Nesse sentido, a gestão pode colaborar por meio do planejamento adequado das funções de cada profissional da escola, avaliando o contexto e redistribuindo-as quando possível.
Ainda em relação à gestão do trabalho em sala de aula, oferecer boas condições de trabalho, como equipamentos e materiais adequados, e evitar salas superlotadas são medidas que podem ajudar a reduzir casos de Burnout em professores.
Ofereça mentorias para os professores
É interessante que sua escola tenha um momento reservado para a reflexão e para a troca de experiências. Assim, é preciso que gestores ofereçam mentorias para sua equipe pedagógica a fim de motivar esses profissionais. Da mesma forma, professores mais experientes podem ajudar os os que estão começando.
Essa também é uma forma de estabelecer laços, criar e fortalecer a rede de apoio dentro da escola. Afinal, ter com quem dividir pareceres, opiniões, alegrias e dificuldades torna qualquer ambiente melhor!
Dê mais autonomia para sua equipe
A possibilidade de trabalhar com mais autonomia garante um ambiente mais saudável e prazeroso. No entanto, isso não significa deixar de acompanhar e guiar os professores, mas sim dar a possibilidade de que eles testem e realizem ações e ideias próprias.
É importante ter em mente que a gestão escolar precisa ser um espaço democrático, seguro e aberto para toda a equipe pedagógica.
Para isso, como um bom gestor escolar, converse com seus professores, entenda e acolha o que sentem e vivem no seu dia a dia. Isso ajudará a evitar quadros de Burnout escolar e a manter um ambiente de trabalho muito mais saudável.
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