A relação entre educação e smartphone desperta discussões constantes sobre a interferência do eletrônico na concentração dos estudantes, especialmente em sala de aula. Mas, será que eles são tão prejudiciais assim?
Em 2015, o site Mobile Time fez uma pesquisa que apontou um dado relevante: 12,5 milhões de pessoas no Brasil usam o smartphone para estudar. Esses números, que certamente já cresceram, podem ser importantes para uma nova visão das instituições de ensino acerca dos aparelhos e das plataformas sociais.
O post a seguir trará tudo o que você precisa saber sobre o uso dos smartphones nos estudos, além de mostrar as principais ferramentas as quais eles dão acesso e como essas podem ser usadas de forma útil pelos alunos. Acompanhe!
Educação e smartphone no cotidiano escolar
A tecnologia é uma realidade, assim como seu uso constante para o lazer e também para os estudos. Embora a ideia de trazer smartphones para a sala de aula ainda seja controversa, diante de números como os apresentados anteriormente, fica cada vez mais difícil brigar com a relevância dos aparelhos eletrônicos para os alunos.
Além disso, os gadgets estão presentes de maneira muito constante na vida dos estudantes: a cada 5 casas com acesso à internet, 4 utilizam o smartphone para se conectar. A pesquisa divulgada pelo IBGE mostra que o aparelho tem hoje a mesma importância, por exemplo, de uma televisão.
Dessa forma, vale mesmo a pena tentar proibir o uso dos smartphones na sala de aula? A medida já foi muito comum, mas é pouco aprofundada. Assim como livros e materiais de apoio, os aparelhos podem (e devem) ser usados como aliados nas tarefas escolares, principalmente como ferramenta de aprendizado.
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Inscreva-se já!A importância do educador no processo
O estímulo ao uso do smartphone com fins educacionais deve partir do educador, e isso vem de diversas maneiras: e-books, podcasts, vídeos e as centenas de aplicativos com finalidade educativa.
Por que não disponibilizar conteúdo relacionado ao que está sendo explicado em vez de pedir que os alunos anotem o que está no quadro? E as leituras recomendadas, por que não permitir que sejam feitas por meio de conteúdos no formato de e-books?
O uso dessas ferramentas leva o conteúdo ensinado ao aluno para um ambiente mais próximo, mais interativo e menos monótono. Seja durante as aulas ou nos momentos de estudo em casa, tornar a experiência de aprendizagem mais dinâmica e moderna é fundamental.
No entanto, vale ressaltar que se trata de uma teoria que precisa ser aplicada com muito cuidado. Também cabe ao educador saber a maneira adequada de estimular o uso desses aparelhos durante as aulas, caso contrário, o estudante pode se perder nas centenas de funcionalidades interessantes que eles apresentam.
Contato com a matéria fora da sala de aula
Uma das grandes questões acerca do ensino é a continuidade do aprendizado feito em sala de aula. O estudo em casa sem a supervisão do educador nem sempre e feito de maneira adequada, podendo até mesmo deixar de ocorrer.
O principal motivo desse acontecimento é a falta de interesse, que muitas vezes se dá pelo fato do conteúdo ser pouco atrativo e/ou monótono. Dessa maneira, a tecnologia tem um papel importante na hora de aproximar o aluno das disciplinas quando ele está fora do ambiente escolar.
Aqui, o desafio é apresentar o conteúdo por meios que atinjam o estudante de forma leve e descontraída. Por esse motivo, disponibilizar as disciplinas em ambientes digitais pode ser uma alternativa interessante, pois o aluno as acessará usando o smartphone de maneira natural durante o seu dia.
Redes sociais no processo de aprendizado
Além das ferramentas já citadas, as redes sociais também são ótimas plataformas para deixar o aluno próximo do conteúdo escolar.
Atualmente, são cada vez mais comuns as páginas que oferecem videoaulas, explicações de conteúdos e uma série de dicas sobre diversos temas relevantes. Todavia, lembre-se de que nem sempre elas partem de instituições de ensino tradicionais ou até mesmo de educadores.
Já os grupos de WhatsApp são certamente uma febre, reunindo usuários de todas as faixas etárias e abordando todo os tipos de assunto. Em um contexto educacional, uma ótima forma de uso é criar grupos para cada disciplina escolar e contar com o espaço para a troca de ideias, solução de dúvidas e compartilhamento de conteúdos didáticos. O mesmo pode ser feito nos grupos do Facebook.
Canais próprios no YouTube também são boas oportunidades de subir vídeos com o conteúdo lecionado em aula, formando um verdadeiro banco de dados utilizado como material de apoio para os estudantes — sobretudo no período de provas.
Smartphone no ensino a distância
Poder ter acesso ao aprendizado por meio da tela do celular já é uma realidade, especialmente para os alunos de educação a distância (EAD) das Universidades.
Diretamente ligados ao ensino por meio de recursos tecnológicos, os cursos a distância representam um excelente recurso para quem não quer deixar a falta de tempo e os compromissos do cotidiano serem fatores decisivos na hora de se aperfeiçoar profissionalmente.
Segundo o Censo da Educação Superior, realizado em 2015 pelo Inep, o número de estudantes dessa modalidade em cursos de graduação e pós-graduação chegou a 1,3 milhões.
Tecnologia é fundamental nessa modalidade de ensino
No EAD, as ferramentas citadas até aqui são parte natural do processo de aprendizado. Sem elas, não há maneiras de seguir com o conteúdo — ou seja, a disponibilização de vídeos, podcasts, e-books e todo tipo de material multimídia é parte crucial para a formação do aluno.
Os smartphones são capazes de fornecer todo esse ensino de maneira prática e em qualquer lugar, reforçando o conceito de que o ensino a distância se adequa da melhor forma à realidade do estudante. Neste caso, além de serem um recurso de aproximação, eles são também uma ferramenta de adaptação.
Em suma, pode-se concluir que o problema não está na presença dos smartphones nas escolas, mas sim na maneira como eles são utilizados.
Educação e smartphones podem sim andar juntos, desde que as instituições de ensino e os educadores saibam orientar e mediar essa relação entre eletrônicos e alunos.
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